domingo, 6 de janeiro de 2008

Tzvetan Todorov e uma palavra maravilhosa: dépaysé

L'homme dépaysé pour peu qu'il sache surmonter le ressentiment né du mépris ou de l'hostilité, découvrira la curiosité et pratiquera la tolérance. Sa présence parmi les "autochtones" exerce à son tour un effet dépaysant: en troublant les habitudes mentales, en déconcertant par sa conduite et ses jugements, il favorise l'étonnement, premier pas obligé dans la découverte de soi. (L'Homme dépaysé, Paris: Ed. du Seuil, 1996)

Encore Jean-Jacques

J’aurais pu me jetter tout à fait du côté le plus lucratif, et, au lieu d’asservir ma plume à la copie, la dévouer entière à des écrits qui, du vol que j’avais pris et que je me sentais en état de soutenir, pouvaient me faire vivre dans l’abondance et même dans l’opulence, pour peu que j’eusse voulu joindre mes manœuvres d’auteur au soin de publier de bons livres. Mais je sentais qu’écrire pour avoir du pain eùt bientôt étouffé mon génie et tué mon talent, qui était moins dans ma plume que dans mon cœur, et né uniquement d’une façon de penser élevée et fière, qui seule pouvair le nourrir. Rien de vigoreux, riend e grand ne peut partir d’une plume toute vénale. La nécessité, l’avidité peut-être m’eût fait faire plus vite que bien. Si le besoin du succès ne m’eût pas plongé dans les cabales, il m’eût fait chercher á dire moins des choses utiles et vraies que de choses qui plussent à la multitude, et d’un auteur ditingué que je pouvais être, je n’aurais été qu’un barbouilleur de papier.Non, non : j’ai toujours senti que l’état d’auteur n’était, ne pouvait être illustre et respectable qu’autant qu’il n’était pas un métier. Ill est trop difficile de penser noblement quand on ne pense que pour vivre. Pour pouvoir, pour oser dire de grandes vérités, il ne faut pas dépendre de son succés. Je jetais mes livres dans le public avec la certitude d’avoir parlé pour le bien commun, sans aucun souci du reste. Si l’ouvrage était rebuté, tant pis pour ceux qui n’en voulaient pas profiter : pour moi, je n’avais pas besoin de leur approbation pour vivre. Mon métier pouvait me nourrir si mes livres ne se vendaient pas ; et voilà précisément ce qui les fasait vendre. (Conf. p. 477-478)

ROUSSEAU

Je ne trouvai plus rien de grand et de beau que d’être libre et vertueux, au-dessus de la fortune et de l’opinion, et de se suffire à soi-même. Quoique la mauvaise honte et la crainte des sifflets m’empêchassent de me conduire d’abord sur ces principes et de rompre brusquement en visiére aux maximes de mon siècle, j’en eus dès lors la volonté décideé, et je ne tardai à l’exécuter qu’autant de temps qu’il en fallait aux contradictions pour l’irriter et la rendre triomphante. (Conf. p. 422)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Férias!!!

O ano acabou -ou quase. Este blogue e este blogueiro tiram férias. Voltamos qualquer hora. Bom 2008!!!

sábado, 15 de dezembro de 2007

No skills or talent? Come and join us

Do Peter Wilby, de The Guardian. Engraçada. E certeira...
(A coluna é muito boa, recomendo a leitura. Começa com uma bela análise de como se constrói um tirano. Clique aqui)

"I have often expressed the view that journalism needs a social class category all to itself. It is not a profession (no esoteric knowledge) nor a skill (many hacks, including me, don't have shorthand) nor a working-class occupation (no manual labour). I would call it unskilled middle class.

Now I discover that Matt Taibbi, Rolling Stone's star reporter, agrees, though he puts it more graphically than I've ever done. "If you have no real knowledge or skill set," he says in an interview, "and you're lazy and full of shit but you want to make a decent wage, then journalism's not a bad career option . . . I can't believe people actually go to journalism school. You can learn the entire thing in, like, three days."

Or, judging from the state of some newspapers, less."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Como conquistar grandes audiências?

A receita não é complicada: comprometa a sua audiência. Mas para isso precisa: criatividade, coragem e... tecnologia. E precisa saber fazer. A questão é como sair do estágio da participação cosmética do público para um verdadero comprometimento da audiência a partir de uma experiência comum. Do jeito que é hoje, a maioria dos sites é tão participativo quanto um correio de leitores de jornal, ou uma estação de rádio que permite que eu vote ou que escolha uma música.
Uma excelente matéria sobre o tema (de onde tirei a imagem acima) pode ser vista clicando aqui.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Lions For Lambs: Watergate no século XXI

Precisa se olhar por baixo da crítica mais evidente -que é quase banal. Há uma reflexão (ou a a possibilidade de se fazer uma) sobre assuntos que nos dizem respeito. Definindo esse "nos": nos jornalistas, nos intelectuais, nos seres pensantes, nos espíritos críticos...

É engraçado: Robert Redford pintou uma imagem heroica do jornalista engajado, quando Watergate. Muitos fomos à universidade sonhando com aquilo. Hoje, a visão é outra, bem menos heroica.

Os alunos que entram hoje na faculdade, ainda sonham em derrubar presidentes? Isso seria bom? Quanto mal fez aquela imagem do jornalista-heroi?

Mobile Internet: um estudo

A Online Publishers Association (http://www.online-publishers.org/)conduziu um estudo sobre o uso de internet movel (no celular) nos EUA e na Europa. O resultado: o hábito está em aumento, as pessoas preferem o celular para saber dot empo e de resultados de esportes, aceitam pagar por conteúdos personalizados ou segmentados e aceitam publicidade em troca de conteúdo gratis.
Os resultados do estudo estão disponíveis online (clique aqui). Veja os Key Findings:

•Mobile Web access is now nearly ubiquitous; usage lags access, but strong growth expected in '07
•Weather and Sports Information are the most popular on the mobile Web
•Both paid content and advertising are working on the mobile Web
•Mobile Web consumers are most likely to register and personalize Stock & Business News followed by Weather
–In US, over 20% pay for Tech News, Product Info and Lifestyles
–In Europe, Sports is most paid for content
•Mobile Web is a continuation of PC Web –Consumers use the same brands and increase overall Web time

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Da tinta para o pixel, sem perder o glamour


De novo eles: O NYT lançou uma versão online de sua revista Style. Chapeau, les mecs!!! Mais uma vez, o jornal americano dá uma aula. Site de editor (não há conteúdo de usuário), ele consegue ser moderno, elegante, prático, desejável. Nasceu pensado para que a navegação seja gostosa -tão gostosa quanto virar as páginas de papel brilhante de uma revista de luxo. Parabénes, Len!
Quer ver o site, clique aqui
Uma matéria sobre o tema -e uma ótima dica para ler mais- é magCulture. Para ver, clique aqui.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Um quarto dos brasileiros oficialmente online (isso é mais do que a população da Argentina!)

(Da Agência ctrlC ctrlV) De acordo com os dados fornecidos pelo Ibpe e a NetRatings, o Brasil atingiu a marca de 39 milhões de brasileiros acima dos 15 anos com acesso à internet no terceiro trimestre de 2007. O número é 21% maior do que o registrado no mesmo período de 2006.

O total de pessoas com acesso residencial à internet em outubro de 2007 totalizou 30,1 milhões de indivíduos com dois anos ou mais, número 43,7% maior do que o do mesmo período do ano anterior. Também continuamos a ser o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings, com 23h12min, 1 hora e 12 minutos mais do que em setembro e 2 horas e 42 minutos acima do tempo de outubro de 2006. Na lista dos cinco países com maior tempo por pessoa no domicílio estão a França (19h27min), os Estados Unidos (19h19min), a Alemanha (18h22min) e o Japão (18h21min).

As categorias com melhor desempenho por número de usuários residenciais em outubro, comparando com setembro, foram: "Ocasiões Especiais", atingindo 3,2 milhões de internautas, "Viagens e Turismo", que recebeu 5,1 milhões de visitantes únicos, "Governo e Empresas sem Fins Lucrativos", com visitas de 10,1 milhões de pessoas, "Casa e Moda", atingindo 6,5 milhões de brasileiros, além de "Finanças, Seguros e Investimento", recebendo a visita de 7,8 milhões de brasileiros.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quantos somos, quantos fomos, quantos seremos


Procurando com Google a população inglesa no século XVII, dei com um site interesantíssimo: http://www.ldolphin.org/popul.html . Se trata de uma série de estudos sobre a população do mundo ao longo da história. Eu achei fascinante.
Mais uma: o calculador de população mundial em tempo real. http://www.ibiblio.org/lunarbin/worldpop

terça-feira, 27 de novembro de 2007

La Verdad, el Porquero y Agamenón


La verdad es la verdad, la diga Agamenón o el porquero.
Agamenón: Conforme.
El porquero: No me convence.

(Antonio Machado, El Juan de Mairena, citado por Javier Muguerza en el postfacio de Kant, El Conflicto de las Facultades, Alianza Editorial, Madrid, 2003)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Google Magazine


Uma discussão quente nos blogs de tecnologia: Google adquiriu uma patente que pode apontar uma nova direção no mundo editorial. A idéia é simples (de se enunciar) : faça sua própria revista. Isto é, escolha quais artigos você quer ler, imprima (em casa, ou num kiosque) e leve (com anúncios contextuais, claro!). O fim do editor -pelo menos, do que a gente conhece hoje como editor.
Eu sou cético, e não por achar que os editores são seres iluminados. É que liberdade é um bicho chato de se administrar, dá trabalho... eu prefiro que alguém escolha por mim. Claro que, agora mesmo, enquanto escrevo este post (baseado numa notícia tirada da minha página personalizada do Google), escuto uma trilha sonora que eu mesmo montei, e não um CD feito por editor...
Sei lá...
Quem quiser ler mais, clique aqui.