sábado, 29 de março de 2008

A Liga da Justiça das redes sociais

OpenSocial Foundation é o nome da associação entre Google, Yahoo e News Corp.'s (MySpace.com), com o objetivo de promover o desenvolvimento das redes sociais criando estándares universais em aplicações sociais. Este movimento segue a iniciativa que, uma semana antes, fora lançada por Google em prol da neutralidade nos aplicativos de rede social. A missão: "to ensure the neutrality and longevity of OpenSocial as an open, community-governed specification for building social applications across the Web."Um detalhe importante: a ausência de Facebook. Ainda haverá para falar do assunto, que aqui, apenas, anotamos. Mais informação na CNET, clicando aqui. O site da organização: http://sites.google.com/a/opensocial.org/opensocial/Home.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Redes sociais: a nova bolha?

A discussão sobre redes sociais lembra muito a discussão sobre Internet, poucos anos atrás: há os que encontram neste fenômeno (que não é novo mas que está se firmando como tendência muito forte) um renascer da Humanidade, ou pouco menos. Há os que preferem entender como uma epidemia capaz de acabar com muitas das coisas boas que tivemos até agora (privacidade, vida social real...), deformando as mentes (e os dedos!) de nossos filhos. As empresas se perguntam onde é oportunidade e onde ameaça (sounds familiar?). Muitos procuram fazer, gastam ou investem dinheiro sem ter muito claro como e para que fazer. E outros alertam: gente, para que seja investimento e não gasto, vamos ver como se ganha dinheiro nesse treco! Alguns destes últimos recomendam prudência, coisa que irrita os entusiastas... e por ai vai.
Estou colhendo material, mas o volume é estarrecedor. Uso aqui este blog para armazenar alguns dos artigos ou reports que pretendo utilizar nas análises que estou fazendo. Agradeço qualquer imput da numerosa audiência.
Vamos lá, estes são:
Um artigo bastante aprofundado, com intenção científica, veja clicando aqui
(deste roubei o texto, em inglès, no final da página: uma listagem de sites de rede social)
O Index de Atividade na Internet, da OPA, que agora inclui um indicador de Comunidades. Também da OPA, algumas pesquisas.
Um artigo do The Guardian falando sobre os caminhos para a rentabilidade, clicando aqui.
Um artigo da CIO (Australia), sobre o mesmo tema, aqui.
Mais um: The Economist se interroga sobre os caminhos da rentabilidade, aqui. Ainda do TE, um editorial inteligente sobre as barreiras entre redes sociais (e aqui eles apontam para o que dizemos acima: lembra os inícios da Internet), aqui.
Um relatório de especialistas (em PDF, dá para fazer download) sobre o presente e o futuro da Internet, com bastante sobre redes sociais, aqui.
Otro relatório, State of the News Media, excelente no geral, muito bom no que diz respeito ao online, aqui.
Notícia sobre um falho da Justiça a favor de sites de rede social, em um processo por difamação, aqui.


What's out there?

The Big Two
Facebook
Since 2004, 97 million users, general social networking site, started with college students but now open to anyone over 13. Facebook users were the kids who sat up the front of the class and did their homework.
MySpace
Since 1999, 300 million users, general social networking site with a focus on music and pop culture. MySpace attracts the kids who sat down the back of the bus and wrote on their pencilcases.
Other networks
LinkedIn Swap career information with people you know
Twitter Sends SMS updates on your hourly activities
Bebo Share reviews and bookmarks
Friends Reunited School reunion theme
Specialist Social Networks
My Experiment Social networking site for experimental scientists who can discuss methodologies and specialised techniques
Twine Shares information, links, articles and comments
Pronetos The 'Professor's Network' is a global think-tank for academics worldwide
KIVA Allows individuals to loan to small business in the developing world
Sharing stuff
Social bookmarking (where people share and review website links):
del.ico.us Privacy settings allow you to just store or share
Digg Websites are rated and commented
Technorati Analyses keyword searches and results
Sharing photos and videos:
youTube
FlickR
Photobucket
Virtual Worlds
Second Life
Many other "virtual worlds" exist - such as 'There' and 'Kaneva,' but Second Life (inspired by cyberpunk novel 'Snowcrash') has become the best-known.
There are also hundreds of multi-player game sites, some with millions of players, many of which include a strong social networking component.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Hace 101 años...


..nacía, en la Provincia de San Juan, Alberto Tito Bruzzone, hijo de Lola Salas y Andrés Tito Bruzzone. Mi viejo. Pintor grande, hombre fuerte, el mejor padre que alguien pueda querer tener (cito a alguien muy querido acá, en lo que me parece que puede ser el mejor elogio que un hombre pueda recibir). Y fué el mejor padre sin proponerse cumplir con los preceptos de ningún manual: apenas dando el ejemplo de un hombre libre. Apenas mostrando que discurso y acción debían ser coherentes. Apenas mostrando que hay sueños que son para ser transformados en realidad, que transforman la realidad por ser soñados. Fue un hombre de lucha, alguien fuerte al que oponerse en esa época de la vida en la que necesitamos diferenciarnos, encontrar nuestro espacio por oposición. Fue ejemplo cuando hizo falta, contraejemplo a veces, una fuerza irresistible buscando objetos inamovibles, o viceversa. Fue el impulso necesario para, punto de apoyo, tierra firme.

Murió el 14 de junio de 1994, en Mar del Plata. Me dejó sin ese abrazo que hacía del mundo un lugar mas sólido, mas seguro, mas coherente.

(un homenaje personal, fuera del propósito de este blog, al hombre al que le debo buena parte del todo)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Redes sociais e a questão da privacidade

Entre apocalípticos e integrados (de novo Umberto Eco) vamos tentando compreender esta realidade que é nova. Fato: fazer parte de redes sociais é uma ameaça real (não paranoide) contra a privacidade. Se você não quiser que qualquer pessoa disposta a descobrir quem você é, do que você gosta, quem são seus amigos, qual é o seu aspecto físico, para onde você viajou e com quem, esqueça a questão de redes sociais. Na hora em que você tiver seu perfil no Orkut e no Facebook, que suas fotos estiverem no Flickr, que existam links para seus blogues e os de seus amigos familiares, a sua privacidade, meu amigo, foi para o espaço...
Este vídeo é de http://www.privcom.gc.ca/, um organismo governamental canadense de proteção da identidade. Vale a pena escutar com atenção.

sábado, 22 de março de 2008

Conteúdo aberto: o único caminho para a mídia tradicional na Internet


Dois anos atrás soava a revolução: hoje é a realidade cotidiana. O caminho para os meios tradicionais na Internet passa pelo conteúdo aberto. Ponto. Não tem discussão. O modelo de negôcio não é diferente do que rádio e TV vêm praticando há décadas (e que hoje jornais e revistas reproduzem com sucesso) : criar audiências a partir de conteúdos aderentes e monetizar o acesso a essas audiências. Broadcasting, na internet. Havia dúvidas, claro: como dar de graça aquilo que, ainda as pessoas aceitam pagar. Mas as pessoas aceitam (aceitamos) pagar no mundo físico, offline, não no online. Música e filmes... talvez. Ainda não está dita a útlima palavra. Mas conteúdos do tipo que conhecemos como jornalísticos, esses certamente não.
Dois ícones do conteúdo fechado e pago, The Economist e o Wall Street Journal, estão se rendendo à nova realidade -deixando pelo caminho, de passagem, sem argumentos aqueles que, nas nossas amadas periferias globais, insistem em colocar muralhas em volta dos seus preciosos assets. Nenhum dos dois fez ou faz barulho (não como o NYT, que anunciou a mudança, como foi comentado aqui), mas ambos estão abrindo o baú. Confira The Economist clicando aqui (e aproveite para ler uma interessante reflexão sobre as redes sociais e seu futuro iminente) e o WSJ clicando aqui. ET: se houver dificuldades de acesso, talvez você ainda precise de alguns truques para driblar as outrora paredes, hoje cortinas que guardam o conteúdo do jornal de Murdoch; pode fazer isso lendo a coluna de Machinist, um excelente blog, clicando aqui.
Atenção: isto não significa que nenhum conteúdo possa ser pago. Eu, pessoalmente, pago, e pago caros, conteúdos de grande utilidade e valor, como artigos acadêmicos em http://www.jstor.org/
e em http://www.blackwellpublishing.com. E para os que hoje oferecem conteúdos de graça, existe a possibilidade de dar mais e melhor, cobrando: reports especiais, serviços diferenciados... é a lógica de empresas nascidas em e para a web, como Skype, LinkedIn, Flickr...

sexta-feira, 21 de março de 2008

Consumadictos, consumodependentes e as redes sociais –ou como viramos todos mercadoria (I)

As redes sociais são conseqüência direta da Internet. Não poderiam existir Orkut e Facebook (que, juntas, passam dos 100 milhões de usuários), sem a rede que une os computadores pessoais de seus membros. Também não poderiam existir sem esses computadores, claro, e sem a possibilidade de que tudo que é sólido desmanche no ar na forma de bits e bytes, isto é, sem que música, texto, fotos e vídeos possam ser transformados, de maneira simples e intuitiva, em material que pode facilmente ser editado, reunido e exposto com ferramentas gratuitas, disponíveis e igualmente simples e intuitivas. Jornal escolar sempre existiu mas, convenhamos, quando comparadas aquelas folhas sujas que, no melhor dos casos, conseguíamos pôr para circular em número limitado de exemplares e com poucas possibilidades de alguma sobrevida para além da primeira edição, com a tela brilhante de um computador, cheia da vida dos vídeos, das fotos que se atualizam a cada dia ou mais, as músicas, e ainda tudo disponível para centenas, milhares, milhões mesmo de pessoas... não dá para comparar, realmente.

Isso tudo que acabei de dizer são obviedades, hoje. A tecnologia coloca a disposição das pessoas algumas possibilidades, e as pessoas as estão utilizando. Sabemos, porém, que não basta que uma ferramenta esteja ferramenta para levar milhões de pessoas a utilizá-la -antes, as redes sociais mostram algo que estava latente na sociedade e que a combinação de ferramentas fez foi facilitar, tornar possível. A breve, mas movimentada e rica, história da internet está cheia de grandes e pequenas idéias que deram errado (veja uma lista interessante na CNET) , e de algumas grandes e pequenas que deram certo; as redes sociais fazem parte das que deram certo, e isso tem a ver com algo que estava aí e que, salvo iluminação genial, não podia se descobrir sem colocar as ferramentas ao alcance das pessoas. Quem inventou Orkut (e tantas outras: veja uma lista não exaustiva clicando aqui) tocou um nervo sensível, fez reagir um organismo que estava pronto para isso. Em alguns países, a vida social dos jovens está mediada eletronicamente; melhor dizendo: em alguns países está mais mediada eletronicamente, pois a tendência é que não existam exceções, nem sequer por causa de renda. Os celulares capazes de enviar e receber SMS são tão ubíquos quanto os computadores com acesso à rede mundial: desde o lar ou desde uma lan house ou um cyber-café, crianças de todas as cores participam desse fenômeno que está mudando a cara do mundo. É uma cybervida, própria de uma sociedade confessional, uma sociedade onde os limites entre o público e o privado se apagam ou diluem.

As (supostas) respostas ao por que desta febre são conhecidas: as pessoas querem se comunicar, os jovens gostam da possibilidade de fazer ou manter amigos pelo mundo todo, trocar fotos, músicas, experiências... Mas estas não são respostas: são descrições do fenômeno constatado. De fato, a maioria dos experts no assunto limitam-se a trabalhar com uma combinação de descrição de cases, somados a previsões feitas em tom catastrófico ou entusiasmado (isso depende de um ponto de partida que remete àquilo que Eco, genialmente, chamou de “apocalípticos ou integrados”). Para compreender o que há por trás destas movimentações é preciso sair do puro mundo da internet, fuçar além das páginas de merges & aquisitions e do mundo veloz do blogs: sociologia, filosofia, psicologia social podem ajudar bem mais.

Polonês nascido em 1929, Zygmunt Bauman é professor emérito nas universidades de Leeds e de Varsóvia (publica no Brasil pela Zahar). Sua sociologia é daquelas que conversa fluentemente com as filosofias contemporâneas, um pouco á maneira de Baudrillard e até de um certo Habermas. Bauman é autor de uma metáfora que, ancorada numa frase marxista (“tudo que é sólido desmancha no ar”), serve como ilustração de um estágio do mundo que outros chamam de pós-modernidade: modernidade líquida, diz ele, e a figura funciona. Os sólidos da era moderna se desfizeram e foram substituídos por um fluido que nos envolve e nos afoga.

Em Vida de Consumo (Consumption Life, traduzida ao espanhol, seguramente logo mais ao português), Bauman parte da análise das redes sociais para compreender a transformação da sociedade de produtores (moderna) em sociedade de consumidores. As redes sociais na internet são um modo de materializar o traço distintivo desta sociedade: as pessoas viram (viramos) um produto que deve ser consumido, e que para tal deve ser promovido, colocado no mercado, valorizado... As redes sociais, os blogues são vitrines capazes de expor (ex-pôr, por para fora; ex-istir) o produto que se quer fazer desejável.

Tomemos o exemplo mais próximo para testar esta visão: vejamos o caso deste blogue. Uma foto que valoriza o autor, textos que se querem inteligentes, uma descrição do produto, marcas prestigiosas em volta, um layout curado... o que está sendo feito aqui, senão a venda do produto Andrés Bruzzone? Isto é particularmente verdadeiro, e pode ser até desculpado, quando se trata de um profissional independente, um consultor especializado, que precisa renovar seus contratos e seu portfólio, e que o que vende é, justamente, a sua capacidade de compreender questões como a que trata este texto. Mas o autor deste tem outros blogues (http://40grados-sur.blogspot.com/ , por exemplo), sem qualquer propósito profissional e que se valorizam segundo o número de posts, de visitas, de coments... ou seja, o valor está dado pelo sucesso junto ao público. Olhemos qualquer comunidade no Orkut: os indicadores de performance estão na resposta de mercado (visitas e adesões), e há campanhas de recrutamento ou marketing: crianças e adolescentes enviam mails aos seus amigos, pedindo que façam comments nos seus fotologs, colocam nos seu nick do MSN o link para a página que querem promocionar...

Voltemos a Bauman, e o que está por baixo do visível.

Se trata de manter vivo um sistema, o capitalismo, cuja razão de ser é a “transformação do capital e do trabalho em mercadoria, em bens de troca” (Habermas). No seu estágio mais avançado, o capitalismo exige uma renovação crescente e acelerada: lemos na autobiografia de Jack Welch que ele presidiu por 20 anos a GE com trimestres de resultado sempre crescente. Sustentar isso para além de uma companhia isolada requer que o consumo seja crescente, e para isso não basta o aumento vegetativo da população. Antes, postula Bauman, cria-se um sistema de renovação constante do desejo de compra, e para tal uma série de mecanismos perversos é posto em jogo. Trata-se de prometer satisfação a um desejo irrefreável, garantindo, porém, que a satisfação seja fugaz e, na sua ausência, deixe espaço a uma necessidade renovada. Qualquer semelhança com alguma forma de adição dista muito de ser mera coincidência –ainda que este caminho não seja explorado pelo autor.

Esta lógica ou (falando corretamente) este padrão de comportamento impregna a sociedade como um todo, refundando as relações humanas à imagem e semelhança das relações que se estabelecem entre consumidores e objetos de consumo. Assim, afirma Bauman, “na sociedade de consumidores ninguém pode virar sujeito sem antes se converter em produto”. O que pode dar uma chave para entender o fenômeno das revistas de celebridades, os BBBs, a criançada querendo ser “famoso” quando adulto –já não mais bombeiro, astronauta, super-herói... Ser famoso é a vacina contra o esquecimento, a indiferenciação: ser famoso é ser (um produto) admirado, desejado, invejado, cobiçado. “A invisibilidade é sinônimo de morte”, diz o autor citando Germaine Greer.

A subjetividade passa a ser matéria de consumo: constrói-se um sujeito na conjunção de decisões de consumo. A indústria da beleza, na forma cosmética ou cirúrgica, não é nada senão uma forma de manter o produto (eu) valorizado e sempre atualizado. Qual a roupa que visto, qual o clube que freqüento, qual o carro que dirijo, quais os livros que leio, qual o bairro em que moro... o que me define como pessoa (perante os outros e perante mim) é esta soma algébrica de consumos –e a educação, a escolha de um parceiro no casamento, as amizades, o emprego não seguem padrões diferentes. Do que segue que as relações humanas ficam subsumidas por este padrão, fazendo do outro produto perante mim, e de mim perante o outro; é a conseqüência necessária do que dizíamos.

(...deve continuar)

quarta-feira, 19 de março de 2008

Show me the money! Os ricos (e os investimentos) estão na Web 2.0


O número é surpreendente (é?): 60% dos afluents, isto é, dos cidadãos dos EUA que ganham mais de $ 100.000 por ano, estão em redes sociais. E se não fosse surpreendente o número absoluto, então o susto fica por conta do crescimento: era 27% em Janeiro de 2007. Mas não é apenas (apenas!) isso: 2007 foi recorde no investimento em redes sociais em particular e, mais geralmente, em iniciativas de Web 2.0. Veja a tabela publicada por Red Herring, que mostra as iniciativas de venture capital fechadas nos dois últimos anos, por região dos Estados Unidos -Bay Area é onde fica Palo Alto, em San Francisco, e concentra as duas maiores transações: Facebook e Ding, que juntas levaram $ 344.Ou seja: o dinheiro quase dobrou (cresceu 88%), mesmo se o número total de negôcios aumentou apenas 25% -uma queda significativa, toda vez que desde 2000 esse número dobrava. Pode significar um amadurecimento de um modelo de negócio baseado em tránsito e ação livres em troca de eyeballs qualificados em busca de publicidade. Ainda é cedo para dizer, mas é o que os analistas financeiros suspeitam. E para nós, o que isso pode significar? Pouco ou muito: não temos VC (capital de risco) e, assim, são contadas as empresas que inovam com modelos disruptivos. Mas, por outro lado, ao verem que o modelo 2.0 está deixando de ser uma idéia engraçadinha do povo descolado, executivos das companhias de mídia tradicional que procuram, ainda que com dificuldade, seu caminho na internet brasileira, começam a aprovar investimentos em iniciativas antes inimagináveis. Quando os engravatados da turma do bônus começam a falar em Web 2.0 no restaurante executivo, isso significa que algo mudou...

terça-feira, 18 de março de 2008

...e ainda o conteúdo aberto


Sports Illustrated está abrindo o baú. E pra valer! Para ver do que se trata, leia a matéria na Folio:, clicando aqui.

Back here!


Ooops! Quase um mês sem postagens é morte certa para um blog. Melhor: é morte certa na Internet. Mas não foi tempo morto para mim: pelo contrário, foi um mês rico de experiências e de idéias. Estou tendo a sorte de trabalhar num projeto dos mais interessantes (vou reservar a confidencialidade) com gente das mais interessantes, também. Ou seja, o ano sabático de 15 meses chegou ao fim e é tempo de voltar ao batente.
Algumas das coisas que quero anotar neste regresso: as redes sociais, imperando absolutas. Orkut e Facebook somam mais de 100 milhões, e crescem. (Estou trabalhando num texto que devo postar logo mais aqui, a partir da leitura inspiradora de um livro de Zygmunt Bauman: Vida de Consumo, ainda não traduzido ao português). Outra: a publicidade online está, como tínhamos previsto (e dito e publicado) estourando finalmente no Brasil. Faz sentido: acompanha, como foi em outros mercados, a entrada maciça da banda larga. Se conheço um pouco este pais e seu mercado publicitário, a velocidade irá acelerar até que atinjamos, ou até superemos, os EUA. Isso significa crescer do pouco acima de 3% do bolo publicitário, que dá uns 550 milhões de reais, para algo próximo do 10%.
Vem grana aí! Mais uma: os sistemas de localização, que tiveram um grande impulso com a Google Earth y Google Maps, estão sendo um complemento perfeito para vários serviços (exemplo de rede social + mapas online é o belo yelp.com ; quando esse modelo será replicado no Brasil?). Ainda, o vídeo: a banda larga já é uma realidade no mundo, e a grande maioria das pessoas assiste vídeos na internet. Dominância total para YouTube (vejam o gráfico: YouTube é Google). Uma última, apenas para a auto-satisfação: o conteúdo aberto domina. Também dissemos aqui e em outro foros que iria acontecer... ou seja, o sentido comum parece estar funcionando quando se trata de fazer previsões.