sábado, 22 de março de 2008

Conteúdo aberto: o único caminho para a mídia tradicional na Internet


Dois anos atrás soava a revolução: hoje é a realidade cotidiana. O caminho para os meios tradicionais na Internet passa pelo conteúdo aberto. Ponto. Não tem discussão. O modelo de negôcio não é diferente do que rádio e TV vêm praticando há décadas (e que hoje jornais e revistas reproduzem com sucesso) : criar audiências a partir de conteúdos aderentes e monetizar o acesso a essas audiências. Broadcasting, na internet. Havia dúvidas, claro: como dar de graça aquilo que, ainda as pessoas aceitam pagar. Mas as pessoas aceitam (aceitamos) pagar no mundo físico, offline, não no online. Música e filmes... talvez. Ainda não está dita a útlima palavra. Mas conteúdos do tipo que conhecemos como jornalísticos, esses certamente não.
Dois ícones do conteúdo fechado e pago, The Economist e o Wall Street Journal, estão se rendendo à nova realidade -deixando pelo caminho, de passagem, sem argumentos aqueles que, nas nossas amadas periferias globais, insistem em colocar muralhas em volta dos seus preciosos assets. Nenhum dos dois fez ou faz barulho (não como o NYT, que anunciou a mudança, como foi comentado aqui), mas ambos estão abrindo o baú. Confira The Economist clicando aqui (e aproveite para ler uma interessante reflexão sobre as redes sociais e seu futuro iminente) e o WSJ clicando aqui. ET: se houver dificuldades de acesso, talvez você ainda precise de alguns truques para driblar as outrora paredes, hoje cortinas que guardam o conteúdo do jornal de Murdoch; pode fazer isso lendo a coluna de Machinist, um excelente blog, clicando aqui.
Atenção: isto não significa que nenhum conteúdo possa ser pago. Eu, pessoalmente, pago, e pago caros, conteúdos de grande utilidade e valor, como artigos acadêmicos em http://www.jstor.org/
e em http://www.blackwellpublishing.com. E para os que hoje oferecem conteúdos de graça, existe a possibilidade de dar mais e melhor, cobrando: reports especiais, serviços diferenciados... é a lógica de empresas nascidas em e para a web, como Skype, LinkedIn, Flickr...

4 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
andres bruzzone disse...

Um relatorio relacionado: como os jornais vão dar o passo (mind the gap!) http://www.newspapernext.org/Making_the_Leap.pdf

andres bruzzone disse...

mais um artigo que tem a ver: consórcio de jornais faz acordo para ceder conteúdo online
http://publications.mediapost.com/index.cfm?fuseaction=Articles.showArticle&art_aid=78978&art_type=13

Anônimo disse...

http://www.techdirt.com/articles/20050422/0118200_F.shtml